Cláudia Pascoal

2 Músicas

Cláudia Pascoal (Gondomar, PT, 1994) é unha cantautora portuguesa nada en São Pedro da Cova, Gondomar. Nos últimos anos xurdiu no panorama musical e televisivo nacional a través da participación en concursos musicais. Foi especialmente coñecida por representar a Portugal en Eurovisión en 2018 co tema “O Jardim” (xunto a Isaura).

  • Finalista 2021, 1º posto Portugal

    Finges ser o que nada interessa
    Tomas a personagem de uma pessoa certa
    Ris do meu normal
    Da minha realidade linear.

    Sofres de riqueza e nada é certo
    Pois a certeza que tu tens é igual a zero,
    Podes falar que não vou ouvir tão cedo.

    Vais sempre fingir gostar de alguém
    Gostas tanto ou tão pouco quando te convém
    Vamos dançar o vira, enquanto o vira é dança
    Mas o samba que tu danças também me cansa.

    Agora é coitadinho e fui tão injustiça
    Mas a injustiça é o que ganhaste à minha custa
    Pedes consolo a qualquer uma não interessa ser lusa.

    Dizes que sou estranha e não sou muito menina
    Que ponho muito açúcar na minha cafeína
    Mas ao menos não meto conversa com mil Rosas e Carolinas.

    Vais sempre fingir gostar de alguém
    Gostas tanto ou tão pouco quando te convém
    Vamos dançar o vira, enquanto o vira é dança
    Mas o samba que tu danças também me cansa.

    Não sabes o vira mas a gente ensina
    Quem pode vem, quem não pode sai de cima!
    Sai de cima oh larilolé oh ai
    oh larilolé oh ai oh ai
    oh larilolé oh ai oh ai
    oh larilolé oh ai oh ai
    Parou Parou! Não vale a pena! Não vale a pena porque:

    Ele vai sempre fingir gostar de alguém
    Gosta tanto ou tão pouco quando lhe convém
    Não vamos dançar o vira, porque o vira já me cansa
    Pára de dançar, pega na guitarra e apenas canta.

  • Finalista 2020, Portugal

    Trago manuais pra tudo
    Menos pró que der e vier.
    Chego precavida
    Com o dom de esquecer.
    Cumpro o que é devido
    Com excepção do dever.
    Viver…
    Eu só vim cá ver.

    Ando a toda a brida
    Enquanto a vida me der pés pra torcer.
    Trouxe a casa às costas
    E o peito a fugir.
    Sei o que me espera,
    Só me escapa o porvir.
    Viver…
    Melhor que existir.

    Viver
    Viver
    Viver
    Viver

    Arco a culpa, fujo à falta,
    Durmo na revolta, mas resisto em pé.
    Parto pratos, varro os cacos,
    Armo as mãos pra socos e pra cafuné.

    Faço atalhos e cadilhos,
    Lá me prendo aos trilhos que eu correr de cor.
    Esqueço o luto e vou de branco;
    Só me dão desconto se eu fizer pior.

    Toco à campainha errada
    Sempre à hora certa pra interruptores.
    Sei ser ruiva e sei ter raiva,
    Cor de fogo aviva quem morrer de amores.

    Fujo à briga e vou à luta:
    Dedos na batuta, egos por reger.
    Trago a abundância à justa
    Que nem sempre custa, isso de viver.

    Já sei o sentido disto tudo
    Quem mais diz é quem é
    Queimo a estaca zero,
    Eu recuso o sopé.
    Vou rumo ao mistério;
    Vivo em saltos de fé!

    Pois é…