Samuel Úria
2 MúsicasBio
Trago manuais pra tudo
Menos pró que der e vier.
Chego precavida
Com o dom de esquecer.
Cumpro o que é devido
Com excepção do dever.
Viver…
Eu só vim cá ver.Ando a toda a brida
Enquanto a vida me der pés pra torcer.
Trouxe a casa às costas
E o peito a fugir.
Sei o que me espera,
Só me escapa o porvir.
Viver…
Melhor que existir.Viver
Viver
Viver
ViverArco a culpa, fujo à falta,
Durmo na revolta, mas resisto em pé.
Parto pratos, varro os cacos,
Armo as mãos pra socos e pra cafuné.Faço atalhos e cadilhos,
Lá me prendo aos trilhos que eu correr de cor.
Esqueço o luto e vou de branco;
Só me dão desconto se eu fizer pior.Toco à campainha errada
Sempre à hora certa pra interruptores.
Sei ser ruiva e sei ter raiva,
Cor de fogo aviva quem morrer de amores.Fujo à briga e vou à luta:
Dedos na batuta, egos por reger.
Trago a abundância à justa
Que nem sempre custa, isso de viver.Já sei o sentido disto tudo
Quem mais diz é quem é
Queimo a estaca zero,
Eu recuso o sopé.
Vou rumo ao mistério;
Vivo em saltos de fé!Pois é…
Eu tinha a corda na garganta afinada em dó
E outra corda no pescoço com um Windsor Knot
Aperaltado alternativo a aspirar o pop
Mas com fascínio travestido de mulher de LóTenho o futuro num post-it que é para ser lembrete
Pus os meus filhos na cantera mas nenhum promete
O livre arbítrio fez voz grossa mas saiu falsete
Mantive a fé e o bom combate na carreira das 7Estou reservado para o lado que no fim se ri
Mas nunca fico no meu canto sem sobrar pra ti
Não vais chegar às notas altas sem um bisturi
O auto-tune é tão bem vindo como o PitanguyE dou-me corda
E dou-me corda
Eu dou-me corda que está presa numa mão maiorEu tenho a corda dos sapatos afinada em ré
Não consigo andar ‘pra frente p’lo meu próprio pé
Nem com trotes, nem trinados nem com a Santa Sé
Falhou-me o auto-empurranço, é só cafunéEu dou-me corda
E dou-me corda
Eu dou-me corda que está presa numa mão maiorEu dou-me corda
E dou-me corda
Eu dou-me corda que está presa numa mão maior