Antonio Zambujo

2 Músicas

Bio

  • Finalista 2020, 1º posto Portugal

    A Rosa foi pra cidade
    Maria foi ver o mar
    A Joana passou da idade
    E eu vou vendo a minha rua
    A ver passar

    Dona Amélia morreu
    Amadeu desanimou
    Um dia quis ver o céu
    Benzeu-se com o chapéu
    E voou

    Da minha rua eu vejo ao longe
    O catavento da sé
    E o galo gira ao sabor do vento
    Que vira com a maré
    E gira pelo próprio pé
    Contra o tempo que gira
    O relógio da torre da sé

    O gato fugiu da fome
    O padre deixou-se ficar
    O café mudou de nome
    E eu vou vendo a minha rua
    A ver passar

    Maria foi ver o mar
    A mãe disse cautela
    Não ouviu, quis-se casar
    Se um dia quiser voltar
    Vou estar à janela

    Da minha rua eu vejo ao longe
    O catavento da sé
    E o galo gira ao sabor do vento
    Que vira com a maré
    Gira pelo próprio pé
    Contra o tempo que gira
    O relógio da torre da sé

    Maria foi ver o mar
    A mãe disse cautela
    Não ouviu, quis-se casar
    Se um dia quiser voltar
    Vou estar à janela
    A ver a minha rua
    A ver passar

  • Finalista 2019, 3º posto Portugal

    Se eu pudesse dizer
    O que o teu olhar diz
    Quando me olhas assim, quando me olhas assim

    Se eu pudesse colher
    A papoila que tu
    Deixas dentro de mim, deixas dentro de mim

    Se eu pudesse morar
    Onde o teu coração
    Tem a chave do lar, tem a chave do lar

    O mundo era perfeito
    Tudo tinha o seu jeito
    Dentro desse lugar, dentro desse lugar
    Dentro desse lugar, dentro desse lugar

    Se a nuvem fosse embora
    E o sol radiasse
    Dentro da minha voz, dentro da minha voz

    Talvez eu conseguisse
    Que a minha voz voltasse
    E falasse de nós, e falasse de nós

    Se eu pudesse dizer
    Dizer como segredo
    E deixasse no ar para mim o teu nome

    Eu já era feliz
    E deixava-me levar
    Libertado do medo das palavras com fome
    Libertado do medo das palavras com fome

    Mas por cada mulher
    Que é só feita de amar
    E nasceu numa flor, num jardim que tu lavras
    Há um homem qualquer
    Que aprendeu a falar
    E morrendo de amor, acabou sem palavras